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Recuperação Extrajudicial: A Solução Ágil que Ainda Enfrenta Resistência no Brasil

Informe Reestruturação Corporativa
Embora apresente vantagens como rapidez e menor custo, a recuperação extrajudicial ainda enfrenta resistência no Brasil. Questões culturais, falta de regulamentações claras e barreiras financeiras limitam sua adoção, mas mudanças legislativas e uma atuação proativa do Judiciário podem impulsionar essa alternativa de superação de crises empresariais.

Prezados clientes e colaboradores,

A recuperação extrajudicial, apesar de suas vantagens evidentes como agilidade, flexibilidade e custos reduzidos, ainda encontra resistência no Brasil.  

Um dos obstáculos iniciais foi a falta de um “stay period” — o prazo de suspensão das execuções judiciais — que só foi introduzido em 2020. 

No entanto, mesmo com essa mudança, a adoção desse mecanismo não se popularizou como esperado. 

A cultura empresarial brasileira tende a preferir a recuperação judicial, considerada mais abrangente e segura, embora seja mais lenta e custosa.  

Além disso, a recuperação extrajudicial enfrenta desafios específicos, como a ausência de regras claras sobre o “financiamento DIP” (debtor-in-possession financing), que limita o acesso ao crédito durante o processo, e a falta de garantias explícitas para a venda de unidades produtivas isoladas (UPIs) sem sucessão, o que afasta investidores potenciais. 

Para que a recuperação extrajudicial se consolide como uma alternativa eficaz, serão necessárias reformas legais mais robustas e uma atuação ativa dos tribunais para preencher lacunas normativas. 

Em um cenário de instabilidade econômica, a promoção dessa modalidade de recuperação pode ser essencial para tornar o ambiente de negócios mais resiliente e atrativo para empresas em crise.

Nossa equipe, como sempre, está à disposição para auxiliar nas repercussões desse tema.

Filipe Souza
Amanda Deretti