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Erros comuns dos advogados

Informe Disputas Estratégicas

(08/07/2024)

Prezados clientes e colaboradores,

Um dos erros mais comuns dos advogados é a elaboração de peças excessivamente longas e detalhadas em pontos sem relevância. Normalmente, advogados querem mostrar conhecimento e linguajar jurídico, o que torna a peça chata para quem conhece a matéria e tem que fazer a leitura de inúmeros casos similares ao longo do dia. Embora a intenção seja boa – demonstrar dedicação e conhecimento –, peças prolixas muitas vezes colocam em segundo plano os pontos principais e dificultam a compreensão pelo juiz.

Não se nega que a tarefa do advogado é bastante difícil, afinal não é nada simples equalizarmos as vontades dos clientes, a falta de clareza das decisões judiciais e, por que não, o interesse do advogado em demonstrar seu conhecimento.

No entanto, o excesso de informações irrelevantes pode fazer com que os argumentos centrais percam força ou que pura e simplesmente se percam, comprometendo a clareza e a eficácia, cabendo ao advogado avaliar a importância de cada argumento.

Esta questão pode ser observada com a interposição de recursos para discutir pontos que não trazem benefícios reais ao cliente, já que, além de atrasar o andamento do processo, tiram a atenção de aspectos que poderiam alterar o resultado final.

O que não se pode aceitar é que essa confusão entre os interesses do cliente e o ego de alguns advogados seja um problema recorrente. Alguns profissionais podem ser tentados a demonstrar suas habilidades e conhecimentos jurídicos de forma excessiva, buscando reconhecimento pessoal em detrimento do melhor interesse do cliente. Essa postura pode levar a decisões processuais que favorecem mais a reputação do advogado do que a resolução eficaz do problema jurídico do cliente.

Não há dúvidas de que esta situação causa desgaste emocional e financeiro ao cliente, além de sobrecarregar o sistema judiciário com litígios desnecessários, mostrando-se um ponto de especial atenção para manter uma relação saudável entre o advogado e seu cliente.

Para evitar esses erros, é essencial que os advogados mantenham o foco nos objetivos do cliente, elaborando peças concisas e objetivas, e avaliando criteriosamente a viabilidade e a necessidade de cada recurso interposto.

É importante que o advogado lembre que seu papel é servir aos interesses do cliente e não a si mesmo, de modo que a comunicação clara e a compreensão das reais necessidades do cliente são fundamentais para um trabalho jurídico eficaz e ético.

Nossa equipe, como sempre, está à disposição para auxiliar nas repercussões desse tema.

Daniel Bijos
Alex Cabral