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Doutor, porque meu processo não anda?

Informe Disputas Estratégicas

Prezados clientes e colaboradores,

Pergunta batida essa e, ainda assim, das mais justas. 

A maioria dos advogados vai responder pelo caminho simples: a culpa é do Judiciário.  E é mesmo!  

Mas não só. Tanto que a resposta à pergunta seguinte constrange alguns: não dá para ir mais rápido? 

A razão para o desconforto de profissionais nessa segunda questão é que, na maioria dos casos, dá sim.  Óbvio que sim.  

Mas isso exige esforço. Exige acompanhamento diário dos andamentos. Exige idas e contatos incessantes ao cartório e ao gabinete do juiz. Exige que outras atividades sejam relegadas para antecipar petições, de modo a que elas estejam prontas e protocoladas antes do prazo começar. 

Em outras palavras, envolve que o escritório contratado dê o seu melhor. E ninguém quer assumir que está dando o melhor. 

Nesse ponto, falta transparência na relação. Afinal, no fundo, o cliente quer que o advogado dê seu melhor, ao mesmo tempo em que sabe que nem sempre está pagando pelo melhor.  

Há uma constante busca – de ambos os lados – pelo melhor custo/benefício.  

Ninguém vai deixar de reconhecer que o profissional da advocacia, no mais das vezes, tem sua remuneração primordialmente ligada a seu tempo.  

Se ele acompanhar um processo todo dia e for ao fórum todo dia, ele gastará – por exemplo – meia hora. Numa jornada de 10 horas em que ele só fizesse isso (sem reuniões, relatórios, elaboração de peças, audiências etc), ele poderia atuar em 20 processos. 

Quanto ele deveria cobrar, em cada um dos 20 casos, para pagar todas as suas contas? Tributos, aluguel, exigências tecnológicas, cursos, livros etc… e ainda sobrar algo para si? O cliente está disposto a pagar esse preço? Ou só consegue pagar o preço de que os andamentos de seus casos ocorra quando publicar, sem relatórios, sem reuniões, com idas imprescindíveis ao fórum apenas? 

Essa é a verdade que muitos advogados se envergonham de expor. 

E, eu disse que é culpa do Judiciário também? Claro que é.  

E a situação acima expõe uma outra fragilidade do sistema: ele funciona bem para casos relevantes. 

São nos casos relevantes, de alto valor ou alta complexidade, que os pagamentos de honorários justificam esse tipo de atendimento altamente especializado. Logo, nesses casos, a insistência, o trabalho de qualidade e a dedicação trarão frutos na qualidade e no tempo de resposta do Judiciário. 

Cartorário e juízes se sensibilizam com histórias bem contadas, com explicações de urgência. No mínimo, se incomodam com a frequente consulta e “tiram aquilo da frente”.  

Ou seja, a Justiça funciona mais para quem tem dinheiro e está disposto a pagar pela alta dedicação de advogados qualificados.  

Seu processo, via de regra, não anda porque foi uma escolha de custo-benefício. A resposta importante a essa pergunta, portanto, é: quanto vale para mim que o processo se resolva mais rapidamente.  

Procure essa relação de real parceria com seu advogado e encontre o melhor custo/benefício para a sua equação. Pague mais, exija mais e receba mais – se isso for essencial.  

Nossa equipe, como sempre, está à disposição para auxiliar nas repercussões desse tema.

Daniel Bijos
Alex Cabral