O processo de recuperação judicial obrigatoriamente terá sucesso?
A partir de informações publicadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Serasa Experian, podemos considerar que a taxa de sucesso de processos de recuperação judicial no Brasil é de cerca de 25%. Isso significa que, em média, apenas 1 em cada 4 empresas que estão em recuperação judicial conseguem, efetivamente, se recuperar e conquistar a idealizada saúde financeira.
Em recente encontro no Congresso de Direito de Insolvência promovido pela AASP em São Paulo, esse número foi um pouco menos otimista, sendo por volta de somente 18% de empresas que efetivamente podem ser consideradas recuperadas.
Mas o que é uma empresa saudável? É aquela que está em uma situação financeira e operacional sólida e sustentável, capaz de enfrentar desafios e manter um desempenho consistente ao longo do tempo.
Felizmente temos no Brasil, ainda que em constante atualização, a recuperação judicial, que possui o objetivo de preservação da empresa, permitindo que ela continue operando e gerando receita, manutenção dos empregos, evitando demissões em massa e estimulando a manutenção da atividade econômica, evitando impactos negativos na cadeia produtiva.
Além disso, é possível que empresas que não conseguem se recuperar por meio da recuperação judicial, optem por outras métodos alternativos de reestruturação, como por exemplo, a recuperação extrajudicial, que é um procedimento mais simplificado e menos oneroso para as empresas em dificuldades financeiras. Ainda que extrajudicial, o plano de recuperação deverá passar pela aprovação de credores e homologação do Juízo.
Embora algumas empresas possam não conseguir se recuperar completamente após um processo de recuperação judicial, muitas empresas conseguem diminuir os percalços, reduzir seus custos, melhorar sua eficiência operacional, aumentar sua receita e melhorar sua saúde financeira.
É importante destacar que a recuperação judicial não garante o sucesso da empresa, todavia, algumas empresas podem optar pela recuperação judicial como uma forma de ganhar tempo para liquidar suas obrigações.
Ainda que encontrando alguns obstáculos, esses métodos são os mais viáveis quando se trata se superação de dificuldades. Cada caso deve ser avaliado de forma individual, e a empresa deve buscar o melhor método de reestruturação de acordo com sua situação financeira, operacional e estratégica.
Nossa equipe, como sempre, está à disposição para auxiliar nas repercussões desse tema.