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Blindagem patrimonial, existe?

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(25/08/2022)

Prezados clientes e colaboradores:

O termo “blindagem” ganhou bastante notoriedade há alguns anos, como sinônimo de planejamento para proteção patrimonial.

E o termo tem uma simbologia bem interessante, se pensarmos na blindagem mais comum, a de veículos.

Blindar um carro significa adicionar a ele uma barreira de proteção adicional contra violências.

Há vários tipos de blindagem. Na verdade, um carro sem qualquer blindagem já oferece uma certa proteção contra pequenas violências. Mas nem mesmo a blindagem mais forte, vai assegurar a vida dos passageiros contra um míssil.

E a analogia é interessante porque, ao blindarmos um carro, não estamos imaginando que alguém venha nos assaltar com um míssil.

Na blindagem patrimonial, o raciocínio é o mesmo. Nada é infalível contra ataques coordenados, precisos e bem armados; mas é sim possível criar uma barreira que ajude a proteger os bens contra ameaças mais comuns.

Do mesmo modo, mesmo com a melhor blindagem, de nada ela adianta se o motorista deixar a porta destrancada; ou em momentos nos quais ele desça do veículo. É o mesmo no planejamento patrimonial de proteção.

O que tentamos fazer é construir um muro entre o risco e o patrimônio que a pessoa não pretende submeter ao risco. Os muros, como a blindagem, podem ser mais ou menos altos, com ou sem arame farpado e elétrico etc. Quanto maior a proteção, maior o custo e, de qualquer modo, tem que ser analisado contra qual risco é este muro? Contra o cachorro do vizinho ou contra radicais de um país vizinho?

Com isso, é possível afirmar que existe sim proteção patrimonial (a tal blindagem).
Mas também é necessário avaliar seu custo de construção e contra qual ataque ela se destina.

Neste segundo ponto, porém, é que temos a situação mais interessante.

Realizar um planejamento patrimonial – usando outra metáfora – é como fazer uma receita de bolo.  Temos certos ingredientes e um modo de preparo que devem ser usados de determinada maneira.

Quando a receita é de proteção, ela tem alguns ingredientes e peculiaridades típicas da sua própria natureza.

Essas peculiaridades se complicam quando analisamos na prática os interesses dos clientes, isto é, contra quais riscos se pretende obter a proteção.

Um “plano” para algo que não aconteceu é mais simples do que a atuação contra atos já praticados. Explico. A maioria das pessoas só se preocupam com a proteção a partir do momento que a situação já se complicou, em que já existem dívidas e até ações judiciais.

Neste caso, a tal receita de bolo se torna uma receita ainda possível, mas mais complexa e que talvez não resulte no mesmo doce que uma receita não vegana geraria. Existem bolos veganos, mas os cozinheiros devem se virar sem leite, ovos, manteiga, chocolate… Os ingredientes à disposição existem em menor número e, normalmente, são mais caros.

Ou seja, o principal cuidado com a blindagem é que não adianta solicitá-la quando os bandidos já cercaram o carro e estão disparando tiros de pistola…

Este é o principal cuidado que deve ser tomado nesse assunto e o que pouca gente avisa, quando um interessado bate à porta pedindo ajuda.

Nossa equipe, como sempre, está à disposição para auxiliar nas repercussões desse tema.
Daniel Bijos