Fim do bitcoin; fim da blockchain?

(28/06/2022)

Prezados clientes e colaboradores:

A tecnologia da blockchain figura como um grande banco de dados, em geral descentralizado, que busca facilitar o processo e registro imutável de transações.  Com o uso da blockchain, é possível acompanhar o processamento de informações de ponta a ponta com uma única visualização dos fatos a fim de verificar a veracidade de cada transação e realizar seu armazenamento através de criptografia. Essa tecnologia teve origem com uma plataforma específica, a do bitcoin, que segue sendo pilar da primeira criptomoeda do mundo.

No entanto, se o bitcoin se vale de uma blockchain, isso não significa dizer que sejam sinônimos. Há milhares de blockchains totalmente não relacionadas ao bitcoin. E porque isso é relevante?

O bitcoin desde o início de 2022 vem perdendo valor e afeta diretamente outras criptomoedas. O motivo dessa queda foi justificado por alguns fatores, tais como a chegada da variante ômicron do coronavírus, a guerra entre Rússia e Ucrânia, aumentos da taxa básica de juros americana, proibição em 2021 de transações em criptomoedas na China, alta inflação no EUA e o fato de vários governos passarem a discutir leis de regulação das moedas digitais.

Nesta toada, a grande dúvida é, seria o fim do bitcoin? Sua morte já foi anunciada uma centena de vezes. Será que ela chegou?

Sabemos que o mercado é feito de ciclos e passa por instabilidades, mas o fim dos criptoativos não está próximo. Os criptoativos estão passando pelo denominado “inverno cripto”, ou seja, período de alta desvalorização.

Mas vamos supor que esse seja o fim do bitcoin e de outras criptomoedas. A blockchain morreria? E a resposta “não” é ainda mais retumbante neste caso.

Isso porque, essa tecnologia criou vida própria e torna possível não só transações com moedas digitas, mas também para diversas outras aplicações, como a criação de contratos inteligentes, compra e venda de NFTs, contas, pagamentos e para o registro autoral, conforme regulamentação de criptoativos aprovada pelo Senado.

Existem blockchains privadas sendo usadas simplesmente como um método de uso e controle de informações.

Mas sigamos pelas blockchains descentralizadas. Essa nova forma de tratamento de dados estabelece relações de confiança no ambiente online e por ser de forma indireta, possibilita negociações não só com quem se confia, mas com terceiros também já que os dados das negociações são imutáveis e apresentam uma visualização única dos fatos.

Sem dúvida, podemos afirmar que a tecnologia blockchain é o futuro dos novos negócios, possiblidades e rapidez nas operações já que há uma aliança entre liberdade e controle das negociações, visto a dispensabilidade de intermediários.

Não estamos dizendo que ela será um substituto para toda e qualquer ferramenta de armazenamento de dados e registro de transações atuais, mas seu uso potencial ainda é descomunal.

Por isso, é importante não confundir a vida das criptomoedas, com a vida das blockchains. Seria como acreditar que as redes sociais morreram, porque um dia o Orkut foi desativado…

Nossa equipe, como sempre, está à disposição para auxiliar nas repercussões desse tema.

Daniel Bijos Faidiga
Bianca Xavier
Stéfanie Romboli
Ida Katharina Ferreira